domingo, 24 de março de 2024

A MAIOR E MAIS BONITA HOMENAGEM DE MINHA VIDA


  
  Duranate o X SARAU ARTÍSTICO E LITERÁRIO da Escola MUNDO ENCANTADO, com o Tema: O CORDEL COMO INTERAÇÃO SOCIAL NA CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO, na USINA DA PAZ DO GUAMÁ, dia 23 Mar 2024, ganhei de presente a maior e mais bela homengem de minha vida litrária.

     No Sarau, foram trabalhados e declamados meus cordéis:
Lugares Cametaoaras;
Mestre Zenóbio e o Cordão da Bicharada; 
Marias do Céu e Marias da Terra e;
Ervas e Erveiras do Ver-o-peso.

      Foram 3 horas de shows entre declamações de minhas obras em cordel, danças, contação de causos, pelos alunos do Ensino Fundamental Maior e, uma bonita e emocionante exposição do acervo da BICHARADA do Mestre Zenóbio. 

        Deixo aqui minha eterna gratidão a senhora diretora da Escola,
professora ANE, com toda a sua simpática e competente equipe de professoras: Letícia, Suelen, Renata, Belém e Adriely. Professores: Adiel, Tinho e Keno para citar alguns  dos mais envolvidos com  o Sarau. Obrigado a todos os professores e professoras que não foi posível registrar aqui, mas igualmente importantes. Sincera gratidão a todos os funcionários da escola e, essencialmente, aos seus alegres e encantadores ALUNOS, pois, eles foram a principal atração do espetáculo e sem eles não haveria esse emocionane show.

                                                                                                   Por Flodoaldo Santos


                                             Alguns registros fotográficos do evento.










     









quarta-feira, 13 de setembro de 2023

VISITA A ESCOLA MUNDO ENCANTADO


Prof. Letícia,  Ane, Flodoaldo, Andrea e Bruna.

                Recebi, no dia 12 de setembro deste 2023, a agradável surpresa de uma ligação telefônica da professora Ivanil Letícia, coordenadora do Ensino Fundamental Maior (6ª a 9ª Série) da Escola MUNDO ENCANTADO, localizada em Belém, no Bairro do Guama.

       A Profª Letícia, em nome da Srª Diretora, Profª Ane Silva, me convidou para visitar a escola e, se possível, apresentar minhas obras literárias, em especial, o cordel ERVAS E ERVEIRAS DO VER-O-PESO, lançado na UFPA, Campus de Cametá, no dia 04 ago 2023 e a ser lançado na 26ª FEIRA PAN-AMAZÔNICA DO LIVRO E DAS MULTIVOZES.

               O título do nosso cordel chamou a atenção da Escola que fará uma Feira da Cultura no próximo dia 16 Set, onde abordará, entre outros temas, o valor das ervas medicinais.

Aceitei com imenso prazer ao convite dessa conceituada casa educacional que foi destaque no ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO DO ENSINO BÁSICO – IDEB, alcançando a segunda colocação e fiz doações de um exemplar de cada uma de minhas obras a biblioteca da escola.

 Em seguida, fui retribuído com o livro ENTRE DOIS TEMPOS, do escritor JOSÉ

MESSIANO TRINDADE RAMOS. Sua obra versa sobre a História do Bairro do Guamá e foi escolhida nesse ano para ser estudada pelos alunos.

A escola elege, anualmente, um ou dois escritores e jornalistas para estudo de suas obras e, com muita alegria, fui alimentado com a esperança de ser um dos escritores paraenses com suas obras escolhidas para serem trabalhadas pelos alunos no ano de 2024.

         Participei, conduzido atenciosamente pela prof.ª Letícia de um prazeroso passeio pelas principais dependências da escola e, como não poderia deixar de acontecer, fiquei encantado com a simpatia dos professores, funcionários, alguns alunos e com tudo que diz respeito a ordem, limpeza e organização daquele exemplar educandário

Profº Flodoaldo e Profª Ane

          A professora me contou com satisfação que a escola tem outro Mundo Encantado; um sítio em Benfica, que á muito útil. Lá são praticadas pequenas atividades agrícolas.

Meus sinceros agradecimentos a Sr.ª Diretora, prof.ª Ane e a todo o Corpo Técnico da EscolaMundo Encantado nas pessoas das professoras: Letícia, coordenadora do Ensino Fundamental Maior, prof.ª Andrea Coordenadora da Educação Infantil e Fundamental Menor e a profª Bruna.

 



 

MINI BIOGRAFIA DO MESTRE MIMICO

Por Jânio Arnaud, revisada e enriquecida por Flodoaldo Santos




Mestre Mimico, D. Máxima, Mundico e M.Antonia
     Raimundo Inácio Ferreira nasceu em 1903, no Rio Furtados, região de ilhas do Rio Tocantins, município de Cametá. Filho de Veríssimo Inácio Ferreira e Ana Miranda Ferreira, cresceu, junto com seus 5 irmãos em ambiente peculiar ribeirinho amazônico, frente aos desafios da vida na floresta, mas com jubiloso anseio em aprender, fazer e ensinar a beleza que existe na arte, no mundo e na vida.

 Raimundo Inácio, conhecido respeitosa e carinhosamente como “Mestre Mimico”, ainda jovem, desenvolveu habilidades para alfaiataria, praticada em sua própria casa, às margens do rio, onde, com sua notável destreza no corte-e-costura, produzia peças sob encomendas para a comunidade em geral.

     Ainda na juventude, descobriu aptidão para a música, tocando instrumentos de corda e percussão no grupo de banguê local “União Furtadoense”, na companhia de seu Irmão músico Hugolino Inácio Ferreira. Aprendeu e aprimorou, de forma extraordinária, suas habilidades e domínio de vários instrumentos musicais, como banjo, violão, rabecão, flauta, saxofone, trompete, percussão, entre outros, além de desenvolver conhecimentos da teoria e regência musical, com domínio de leitura e escrita de partituras, se tornando professor da linguagem musical multi-instrumental em sua comunidade. Junto com o referido irmão e depois com os filhos, Veríssimo Ferreira (Vevé), Zenóbio Ferreira, Raimundo Ferreira (Mundico) e Elias Ferreira formou a “Jazz Orquestra Aliança”, que se apresentava em muitos eventos festivos das localidades vizinhas, se tornando depois, nas décadas de 1970 e 1980, já munida de alguns instrumentos elétricos, porém mantendo os de sopro, uma das mais importantes e mais solicitadas bandas musicais da região tocantina.

     Seu conhecimento refinado e culto tinha proveniência da dedicação à leitura de livros em vários ramos de conhecimento, como geografia, astrologia, história e, entre outros, da própria medicina, no entanto a arte era a sua grande paixão.

     Destacou-se em sua comunidade, também, na linguagem do teatro popular, desenvolvendo muitas peças de drama pastoril, compondo músicas personalizadas, textos de diálogos e narrativas, figurinos, dirigindo as encenações das personagens, que interpretavam histórias bíblicas.

     Tabelião de referência, conseguiu oficializar o cartório do Rio Furtados, onde trabalhou durante 20 anos com atos jurídicos de registros de sua comunidade.

     Sua competência hábil também se aflorou na arquitetura e engenharia, desenvolvendo projetos, e atuando na própria construção de várias igrejas e altares de comunidades cristãs da região, dando atenção especial para a igreja de sua comunidade, N. Sra. das Graças, com uma decoração refinada e imponente.

      Adaptou sua destreza da engenharia para a construção náutica, confeccionando pequenas e grandes embarcações, talento aflorado em dos seus filho, Newton Ferreira. Neste contexto, se tornou mestre na pintura de barcos e remos, assim como de igrejas e residências, destacando o padrão estético ribeirinho amazônico, sendo nesse meio, seu irmão Pedro Inácio Ferreira, um grande e respeitado pintor local.

     Raimundo Inácio não ficaria de fora das manifestações folclóricas, especialmente do carnaval, idealizando, juntamente com irmãos, filhos e amigos, alegorias carnavalescas, que tematizavam letras de marchinhas de sucesso da época ou assuntos ligados ao folclore regional, onde eram construídos e modelados sobre canoas, ou cascos, como são lá são conhecidos, figuras de pássaros ou seres imaginários, utilizando materiais coletados na própria mata ribeirinha, como cipó, folhagem, galhos de árvores, combinados a restos de madeira, lonas, trapos de roupas e outros materiais, denominando essa produção de “assustados”, cujo local de confecção da alegoria se mantinha em segredo, em algum lugar de uma das ilhas do rio, até o esperado dia da empolgante apresentação, que se dava em meio à principal festa de carnaval, no barracão da comunidade. Para os cordões de mascarados, manifestação típica do carnaval daquela região, Mestre Mimico compunha marchinhas em sua letra e melodia, além das falas das personagens dos cordões, conhecidas como comédias. Vale destacar que o Mestre compôs a primeira marchinha de carnaval intitulada “cavalo e boi” para o renomado “Cordão da Bicharada”.

     Na companhia de sua esposa, Máxima Gonçalves Ferreira, criou e educou seus 9 filhos no mesmo ambiente ribeirinho, cenário de suas inspirações, muitos dos quais desenvolveram talentos no ramo da música, arte naval, marcenaria, corte-costura, tabelionato e artes plásticas.

     A multi-habilidade de Raimundo Inácio Ferreira e seus relevantes serviços dedicados à comunidade de Rio Furtados, o tornou uma figura respeitosa e importante para seus pares, sendo consagrado um verdadeiro baluarte. Rio Furtados, por ocasião, se tornou um lugar fértil em atividade artística-cultural, visto como um lugar criativo.

     Pelo amor que tinha ao seu lugar, Mestre Mimico, possuía também o propósito pedagógico em seus fazeres, se tornando, seus aprendizes, notáveis profissionais e artistas, dando continuidade ao verdadeiro legado de conhecimento e arte por ele deixado, a exemplo de seu filho, Mestre Zenóbio, com sua conhecida obra “Cordão da Bicharada”.

     Nosso Mestre recebeu da Comunidade Furdoense, uma homenagem Post Mortem ganhando o nome da única escola do Rio Furtados:  ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO RAIMUNDO INÁCIO FERREIRA. Seu nome também se eternizará no hino da escola de autoria do escritor e compositor furdoense Flodoaldo Santos.

     Mestre Mimico, faleceu em Belém do Pará, em 1980. Sua passagem na história do Rio Furtados e em nossas vidas, simboliza o poder que a arte e o conhecimento possuem de transformar e tornar esse mundo melhor e mais belo.

segunda-feira, 21 de agosto de 2023

MAIS UM CAMETAENSE NA ACADEMIA PARAENSE DE CORDEL

   
     Foi no dia 04 de Agosto de 2023, no Campus Universitário do Tocantins (CUNTINS ), da Universidade Federal do Pará, que o cametaense do Rio Furtados, FLODOALDO MOREIRA DOS SANTOS, recebeu o título de ACADÊMICO CORDELISTA, na qualidade de membro efetivo e perpétuo da Academia Paraense de Literatura de Cordel, ocupando a cadeira n⁰ 4, escolhendo como seu patrono o cordelista Cláudio Cardoso, fundador e primeiro presidente da APLC.

     Presidiu a cerimônia de posse, o escritor e cordelista Francisco Pinto Mendes, que convidou para participar da mesa a profª Angela Vasconcelos para representar o CUNTINS da UFPa, o Sr 1⁰ Sgt Maicon Silva de Moraes, Instrutor do TG de Cametá; o Sr. Prof. e escritor Hélio Góes representante dos escritores cametaenses; o Sr. Sebastião Pompeu, do Sintepp,  a Srª advogada Ana Rosa, representando a Sociedade Civil e  Como Mestre de Cerimônia, tivemos a colaboração do Prof e cordelista Arodinei Gaia, que antes põe em destaque a biobrafia literária do novo acadêmico.

    Após o pronunciamento de todos os componentes da mesa, Flodoaldo Santos recebeu das mãos do presidente da APLC, o cordelista Francisco Mendes, o diploma assinado pelo mesmo e pelo seu Vice-presidente, o cordelista João de Castro Ribeiro. Flodoaldo foi condecorado ainda com a Medalha Vicente Salles, patrono da APLC.

     Das palavras do poeta Francisco Mendes, destacamos o clamor às autoridades públicas e educacionais do Município para abrirem mais espaço para o cordel nas escolas, por ser Patrimônio Cultural Brasileiro, de leitura prazerosa, rimada, fácil e muitas vezes, engraçada.

Flodoaldo, em suas falas, assume compromissos com a Academia, reforça as palavras do seu presidente e, o mais novo membro da APLC aproveita para anunciar o lançamento de sua mais nova obra em Cordel: ERVAS E ERVEIRAS DO VER-O-PESO. 

Ao lançar seu novo cordel, Flodoaldo afirma que as Ervas e as Erveiras do Ver-o-peso fazem parte das crenças de nossos antepassados, do nosso povo amazônico e ainda hoje, faz parte da nossa fé no poder das plantas medicinais, e por isso devem ser valorizadas, preservadas e respeitadas. 

 

    


   

terça-feira, 7 de setembro de 2021

MESTRE ZENÓBIO FAZ EXPOSIÇÃO VIRTUAL DE SEU ACERVO DA BICHARADA.


Como parte do cumprimento do Projeto firmado no Edital de Pontos e Pontões de Cultura, na categoria de Cultura Viva, da Lei Aldir Blanc, com apoio da SECULT pa, Governo do Pará, Secretaria Especial de Cultura, Ministério do Turismo e Governo do Brasil, Mestre Zenóbio faz uma Exposição de fotos de seu ACERVO DA BICHARADA.

O Projeto deveria ser executado presencialmente, na Rua Rodrigues dos Santos, em frente a sua residência, na Cidade Velha, em seguida na Praça da Sé e finalmente em uma escola de ensino infantil do Bairro. mas devido o avanço e continuação da pandemia que ainda enfrentamos no planeta, a SECULT Pa, autorizou a Exposição do seu acervo da Bicharada de forma virtual.

Mestre Zenóbio pretende fazer tais exposições em três etapas:

Na primeira etapa, já feita no portal do FACEBOOK-. Foi uma Exposição do seu acervo da Bicharada somente com fotos dos animais terrestres e aquáticos.  veja: (20+) Facebook


Em sua Segunda Exposição Virtual do Acervo da Bicharada, nosso artesão pretende mostrar somente  fotos da passarada: Tais como: Garça, Arara, papagaio, curuja, urubu, bem-te-vi e outros

Já a sua última Exposição virtual da Bicharada contará somente com os animais mitológicos, tais como: O Boto, A Matinta perera, Olobishomem, O saci pererê, a cobra grande e outros mais. 

Cada ser mitológico cametaense, criado por Mestre Zenóbio, terá um conto do escritor Flodoaldo Santos narrado pelo personagem, Tio Bijico, um contador de histórias que viveu no Rio Furtados - Cametá. Os contos do Boto, Matinta Perera, Lobishomem e Cobra Grande já estão prontos e brevemente serão publicados no primeiro livro de contos de Flodoaldo e serão contados pelo Mestre Zenóbio que também domina a arte de contador de história, aos visitantes de seu acervo

quarta-feira, 2 de junho de 2021

IV EXPEDIÇÃO DA FLOTILHA DOS SKISITOS - DE MARABÁ A BELÉM, DE 28/05/2021 A 30/05/2021.

                                                                                                                    Por Aluisio Meira 

Em Marabá.
Há bastante tempo, alguns membros da Flotilha dos Eskizitos pediam a realização de um passeio mais logo, com pernoites, inclusive.

Com o recebimento de um telefonema do Thiago Bogéa, perguntando ao nosso Comandante se a Flotilha toparia mais uma Marabá/Belém, de Jet Ski, passando pelas eclusas de Tucuruí, essa foi a senha que nos permitiu dar início aos trabalhos de planejamento dessa aventura.

Os que toparam, ainda não conheciam o trajeto e, muito menos, a passagem pelas Eclusas. No entanto, como a organização de um passeio como esse, leva tempo e dinheiro, compromissos com pagamento de hospedagem, deslocamento das máquinas para Marabá, contratação de motoristas, etc., e, diante da demora em obter a Licença para a utilização das Eclusas, por unanimidade, os interessados decidiram que fariam o percurso, com ou sem a liberação das Eclusas.

Depois de tudo preparado, hotéis reservados e participantes inscritos, somente na véspera da partida, fomos informados de que não seria possível utilizarmos as Eclusas da Hidroelétrica de Tucuruí.

O DENIT, atual gestou das Eclusas não renovou a Licença Ambiental e, alegando que embarcações com menos de 5 metros não poderiam utilizar as Eclusas, indeferiu o pedido de licença, subscrito pela ASPAN (Associação Paraense de Motonáutica).

Ressalta aos olhos a má vontade dos dirigentes do DENIT, eis que, é muito claro que essa regra só
poderia ser aplicada a uma única embarcação com menos de 5 metros, pelos custos dessa operação, jamais a um conjunto de mais de 30 embarcações, mesmo que menores de 5 metros. Aliás, foi assim que, por duas vezes antes, a ASPAN conseguiu a liberação das eclusas, em caráter excepcional.

Sabe-se que, antes da solicitação da ASPAN, duas licenças foram concedidas pelo DENIT, uma de cada vez, para duas embarcações, mediante o pagamento de uma taxa simbólica de R$ 1.000,00. Pelo menos, é o que reza a lenda.

Como já havíamos decidido, o passeio foi realizado. Com a desistência do Grupo da Direct Jet, pela falta das eclusas, participaram dessa aventura os seguintes pilotos: Alberto Navarro, Alexandre Charone, Alexandre Meira, Alrilan Mesquita, Aluisio Meira, Anderson Reis, Antonio Salame, Carlos Navarro, Cristiano Talita, Edmilson Santos, Gleydson Guimarães, José Luiz Pingarilho, Miguel Abrahão e Nader Morhy,

No dia 27/05/2016, os Pilotos Eskizitos, levaram suas máquinas e respectivas carretas para Marabá.

Partimos, de madrugada, por terra, com destino a Marabá, seguindo pela BR/010 (Belém/Brasília), percurso mais logo, porém evitando os buracos da PA 150; passando pelas cidades de Ananindeua, Santa Maria do Pará, São Miguel do Guamá (lanche), Mãe do Rio, Aurora do Pará, Ipixuna do Pará, Paragominas, Ulianópolis, Dom Elizeu, Palestina, Rondon do Pará (almoço), Abel Figueiredo, Bom Jesus do Tocantins, e, finalmente, depois de percorrer cerca de 686 km chegamos a Marabá, indo direto para a JC Náutica, onde fomos muito bem recebidos pelo proprietário, como sempre, o gentleman, Janary Damascena e pelo filho dele, Ciro. Ato contínuo, descemos os Jets para o ancoradouro da Marina, e os deixamos aos cuidados dos prestativos funcionários do Janary.

No dia seguinte, na hora marcada, demos início ao passeio. Juntos rumamos para Tucuruí, passando por
Itupiranga, Santa Tereza do Tauri, Pedral do Lourenço, local onde, com receio das pedras, algumas aparentes, outras não, todos seguiram, em fila indiana, o trajeto do “Blue Sky” (nome do Jet do Comandante). Ultrapassado esse trecho perigoso, prosseguimos a navegação, parando para reabastecer e merendar na ilha do Daniel (infelizmente abandonada), e, em seguida, fomos até a Caixa D’Água da submersa Jacundá. Não conseguimos localizar a isolada e sobrevivente Palmeira, certamente já inexistente.

Em seguida, passamos pela Ilha do Bogéa e a surpreendente ilha do Marcelo, esta, com luz elétrica e Internet, no meio do Lago da Represa, onde fizemos mais um reabastecimento.

Sem as eclusas, nossas carretas, com os Jets já retirados da água, ficaram estacionadas, umas no pátio do Hotel, outras no Clube ASSEL, bem ao lado da rampa de acesso a Tucuruí.

Nessa ocasião, valeu a nossa decisão de levar os Jets para Marabá, e, depois, de Marabá para Tucuruí, pela estrada, pois, graças aos nossos motoristas e amigos, estávamos com as carretas a nossa disposição em Tucuruí.

No dia seguinte, 29/05/2016, rumamos para Cametá. Antes de Baião, os mais perigosos e traiçoeiros bancos de areia e de pedra já haviam sido deixados para trás. Passamos por Baião e Mocajuba, onde reabastecemos em um posto flutuante, ancorado na praia daquela cidade.

Depois disso, rumamos para a casa do Sr. Flodoaldo Santos, no Rio Furtados. Antes de deixar nossas
máquinas fundeadas no pequeno igarapé que fica na frente do conjunto de casas da Família do Sr. Flodoaldo, cada um de nós, levando na garupa, um membro dessa prestativa Família, fomos um pouco mais adiante, até na Capela Nossa Senhora das Graças, onde, com uma bela faixa, fomos recebidos pela Sra. Arli. A Capela estava toda reformada e muito bonita.

Durante a noite, depois de um excelente jantar, preparado pelas Sras. Catarina e Daniele, esposa e filha do nosso anfitrião, participamos do lançamento do Livro “Literatura do Cordel – Marias do Céu e Marias da Terra” de autoria do Sr. Flodoaldo. Cada um de nós recebeu uma dedicatória personalizada da obra.

Depois, admirando o nascer da Lua, foi uma festa só. Música ao vivo, pelo cantor e compositor Antonio Salame, que nos brindou, dentre outras composições, com a execução do Hino da Flotilha.

No dia seguinte, 30/05/2021, seguimos para Belém, percorrendo as trinta milhas náuticas de Cametá até a entrada do Furo Maiauatá, parando, para um merecido descanso, na Foz do Rio Anapú, onde ainda existe uma pequena praia. Em seguida, fomos  via Furo da Família Rodrigues, Igarapé Miri, Canal dos Escravos e Rio Mojú, Furo do Carnapijó, Nossa Senhora do Bom Tempo, Furo das Mucuras, Furo Arapiranga, Icoraci e Furo do Maguari. Saímos 14, chegamos 12 !

Dois, por problemas técnicos, ocorridos em Tucuruí, voltaram pela estrada.
Ao todo, em três dias, navegamos 346 milhas náuticas, que equivalem a 613 km.

FICHA TÉCNICA PASSEIO:
Expedição Marabá Belém - PERCURSO: 346 Milhas Náuticas.
Saída de Belém dia 27/05/2021 as 5:00 da manhã, ponto do encontro posto Pará Vip em Ananindeua.
Navegando nos dias 28, 29 e 30 de Maio de 2021
PARTICIPANTES:
Aluísio Meira (Comandante)
Alberto Navarro
Alexandre Charone
Alexandre Meira
Alrilan Mesquita
Anderson Cleyton
Antônio Salame
Carlos Navarro
Cristiano Sagica
Edmilson Santos
Gleydson do Nascimento
José Pingarilho (Zeca)
Miguel Abrahão
Nader Morhy

domingo, 30 de maio de 2021

O CORDEL MARIAS DO CÉU E MARIAS DA TERRA É LANÇADO NO RIO FURTADOS, EM CAMETÁ-Pa

Como parte do projeto selecionado pelo edital de Patrimônio Imaterial na categoria Saberes de Mestre - Lei Aldir Blanc Pará, com apoio cultural da FIDESA - Fundação Instituto para o Desenvolvimento da Amazônia, Secult, Governo do Pará, Secretaria Especial de Cultura, Ministério do Turismo,  Governo Federal e ainda apoiado  pela UNAMA - Universidade da Amazônia e sua Rádio FM; o escritor cametaense, Flodoaldo Santos lança em seu Rio Furtados no dia 29 de Maio de 2021, no Barracão Comunitário da Igreja de Nossa Senhora das Graças,  o seu terceiro cordel MARIAS DO CÉU E MARIAS DA TERRA, pela Editora IMPRIMATUR CORDEL.

Flodoaldo Santos,  foi convidado pela Sra Professora Maria Aparecida Maia, Diretora da Escola Estadual Raimundo Ignácio Ferreira,  para participar de uma palestra ministrada pelas professoras Edilene Corrêa, Maria do  Socorro Maia e Rosely Costa dos Santos, sobre ervas medicinais.

Ao informar que o seu próximo cordel está projetado para ser batizado com o título ERVAS E ERVEIRAS DO  VER-O- PESO, o cordelista furtadense,  surpriende agradavelnente os docentes e discentes presentes ao distribuir gratuitamente sua mais nova obra literária. 

Ato contínuo,  Flodoaldo Santos e o Rio Furtados, recebem pela terceira vez, a visita da Flotilha dos Skisitos,  comandada pelo mestre náutico, advogado e também escritor, Aluisio Meira. Mais uma vez o poeta ribeirinho, aproveitando a feliz e excelente  oportunidade,  faz nova distribuição gratuita de sua literatura de cordel, não  somente para os 13 pilotos da Flotilha como também para seus familiares e amigos presentes.

Dentre seus familiares presentes, a sua esposa Catarina e sua filha Daniele Siqueira,  foram escolhidas para serem homenageadas e surpriendidas com a primeira dedicatória do autor. Em seguida, o Mestre Náutico, Aluisio  Meira, é premiado com o primeiro autógrafo e o primeiro cordel da Flotilha dos Skisitos. Na ocasião,  a Flotilha brinda o casal com uma camisa e um boné da IV Expedição da Flotilha,  de Marabá-Rio Furtados Cametá-Belém.


Neste dia 31 Maio,  último dia do mês mariano, o cordel dedicado às MARIAS,  é cortesiado aos fiéis
presentes na cerimônia religiosa da Igreja de Santa Maria,  na Ilha Grande de Furtados, chão natal de sua querida MARIA CATARINA.

Em seu projeto original, Flodoaldo quis tornar pública sua obra,  em ato solene, no Centro Universitário do Tocantins, em Cametá-Pa, onde se graduou em Geografia e lançou seu primeiro livro, O PORTO DE CAMETÁ NO ESPAÇO DE CIRCULAÇÃO  mas,  por restrições impostas pela crise pandêmica que vive o planeta, teve que buscar outras alternativas,  com maior segurança sanitária que, felizmente, tem dado maior alegria ao autor e a seus leitores mais próximos do seu chão natal.

PALAVRAS DO AUTOR:


O ADEUS DO MESTRE NÁUTICO ALUÍSIO MEIRA:




MAIS FOTOS DO LANÇAMENTO DO CORDEL MARIAS DO CÉU E MARIAS DA TERRA NA IGREJA DE SANTA MARIA, EM ILHA GRANDE DE FURTADOS - CAMETÁ-Pa: