quinta-feira, 4 de outubro de 2018

ESTE É O BRASIL QUE EU NÃO QUERO



Afundaram meu País
No mar da corrupção
É mensalão, é propina
Panelaço, petrolão
Este é o Brasil que não quero
É outra Pátria que espero
Desta nova eleição.

Quero te lavar a jato
Quero te tirar da lama
E ferrar o ficha-suja
Povo grita, povo clama:
Tira o rato do queijo!
Que te abraço e dou um beijo
Houve este alguém que te ama

Estrofes de futuro Cordel
Flodoaldo Santos 


quinta-feira, 20 de setembro de 2018

NOSSO CORDEL É PATRIMÔNIO CULTURAL BRASILEIRO

Por Izabel Nascimento 
Cordelista Aracajuana

Bom dia, gente linda!
🌻🌻🌻🌻🌻🌻🌻

_A mensagem é grande_
_e a notícia é boa!_

Passou no Jornal, no Rádio, está nos sites de notícias,  muita gente ficou sabendo e muito falaremos sobre isto: *O Cordel é Patrimônio Cultural Brasileiro.*

Isso mesmo!
O nosso Cordel! 💛
Que Maravilha!

"O gênero literário, que também é ofício e meio de sobrevivência para inúmeros cidadãos brasileiros, a Literatura de Cordel, foi reconhecido pelo Conselho Consultivo como Patrimônio Cultural Brasileiro. A decisão foi tomada nesta quarta-feira, 19 de setembro, por unanimidade pelo colegiado que estava reunido no Forte de Copacabana, no Rio de Janeiro." (Iphan)

O que esta notícia muda na prática? Me arrisco a responder a questão! Primeiro, o que deve mudar é o nosso olhar sobre o Cordel. Sobre nós!

A Primavera que trouxe essa maravilhosa notícia, também nos convida a conhecer mais sobre a nossa Literatura e nossos Escritores. O Patrimônio é do povo brasileiro, de todos, de quem escreve, de quem lê, de quem pesquisa, de quem aprecia e de quem conhecerá também. Por isso, preservar e 'salvaguardar' é tão importante.

Valorize os poetas de Cordel! Leia os clássicos, mas também leia e valorize os poetas de sua cidade, compre e leia seus folhetos, pergunte sobre suas histórias e se apaixone ainda mais pelos versos que revelam o nosso imaginário popular.

Reflita sobre que tipo de valorização você acha que nosso Cordel Merece?
E nossos Cordelistas?
🤔

Bem, falando em Cordel,  aproveito para lembrar que neste sábado teremos um encontro com a poesia, no lançamento do meu livro *SEMENTES DE GIRASSÓIS*, às 18h, na Sociedade Semear, em Aracaju. Convido você a compor esta noite poética do nosso *Cordel Patrimônio*
Vamos nos encontrar?

🌻🌻🌻🌻🌻🌻🌻🌻🌻🌻🌻🌻🌻🌻🌻


LITERATURA DE CORDEL RECONHECIDA COMO PATRIMÔNIO CULTURAL BRASILEIRO - IPHAN

                                                 Por IPHAN
O gênero literário, que também é ofício e meio de sobrevivência para inúmeros cidadãos brasileiros, a Literatura de Cordel, foi reconhecido pelo Conselho Consultivo como Patrimônio Cultural Brasileiro. A decisão foi tomada nesta quarta-feira, 19 de setembro, por unanimidade pelo colegiado que está reunido no Forte de Copacabana, no Rio de Janeiro. A reunião também contou com a presença do Ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, da presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Kátia Bogéa e do presidente da Academia Brasileira de Literatura de Cordel, Gonçalo Ferreira. 
Poetas, declamadores, editores, ilustradores (desenhistas, artistas plásticos, xilogravadores) e folheteiros (como são conhecidos os vendedores de livros) já podem comemorar, pois agora a Literatura de Cordel é Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro.
Apesar de ter começado no Norte e no Nordeste do país, o cordel hoje é disseminado por todo o Brasil, principalmente por causa do processo de migração de populações. Hoje, circula com maior intensidade na Paraíba, Pernambuco, Ceará, Maranhão, Pará, Rio Grande do Norte, Alagoas, Sergipe, Bahia, Minas Gerais, Distrito Federal, Rio de Janeiro e São Paulo. Em todos estes estados é possível encontrar esta expressão cultural, que revela o imaginário coletivo, a memória social e o ponto de vista dos poetas acerca dos acontecimentos vividos ou imaginados.



quarta-feira, 19 de setembro de 2018

REDES

Flodoaldo Santos

Oh rede que me conduzes
À insônia, à tentação
À inquietude, às cruzes
Às dores, à indignação
Aos prazeres, à pacificação...

Rede que pelo mundo opina
Em redes de crime, de corrupção
De chacina, de propina,
De tv, de internet, de prostituição,
De amigos, de pescar, de oração...

Quando és rede de dormir
Rede de tábuas, de cetim
De algodão ou de brim...
É prazeroso te sentir

Levas-me ao meu bem
Em suave sono e com magia
A uma viagem ao além
Aos sonhos, à fantasia
Às orgias, às alegrias!...


Atada em meu barraco,
Em meu porto, árvores, ponte
Tapiris, varandas ou barco...
Ao embalar do vento
Das ondas, de um amor sedento

Em ti navego em céus
Em livros, em sonhos
Livre, nu, sem véus

Repouso em teu regaço
Onde meu amor amasso
Em forte abraço...

Viajo ao paraíso, para a calma...
Nesta rede sim
Transcende minh ‘alma!




segunda-feira, 17 de setembro de 2018

TRIO CORDELISTA CAMETAENSE



No dia 13 de Junho passado,  os cordelistas Cametaenses Francisco Mendes, Arodinei Gaia e Flodoaldo Santos lançaram no OKA RESTÔ & PUB, na Cidade de Cametá-Pa, os seus mais recentes cordéis:  O NEGRO SINFRÔNIO NA GUERRA DO PARAGUAI, O MENINO PASSARINHO E LUGARES CAMETAOARAS, respectivamente.

O Negro Sinfrônio..., do poeta imortal Arodinei, é inspirado em um romance da historiadora  cametaense Maria Celeste Pinto, que conta a História desse Valente negro cametaense que foi mandado guerrear no Paraguai por seu patrão malvado e regressa condecorado, patenteado e como heroi.

O Menino Passarinho, do também cordelista imortal Francisco Mendes, conta sua própria História de vida, bela e labutante, tendo como palco principal o seu querido Rio Mendaruçu de Cima em Cametá,  deste torrão paraense.

Já o escritor Flodoaldo Santos,  inaugura o seu cordel pioneiro, Lugares Cametaoaras, inspirado em uma obra do escritor Cametaense Danúzio Pinto Pompeu,  denominada DICIONÁRIO TOPONÍMICO DA MICRORREGIÃO DE CAMETÁ. 
Flodoaldo divaga em versos sobre os significados, origem e evolução  dos principais lugares de nossa microrregião. 

domingo, 25 de fevereiro de 2018

POR MAIORES E MELHORES ESPAÇOS NO PORTO DE CAMETÁ

                                                                                             
         
   Os problemas mais relevantes do Porto Cametaense, podemos resumir em: erosão, fechamento do porto e privatização.

Os ataques erosivos (quedas de barrancos, trapiches, cais...) sofridos desde os primórdios do primeiro porto em Cametá-Tapera, (Antiga Vila Viçosa de Santa Cruz dos Camutás) persistem até hoje em nosso porto e vem sendo combatidos desde os tempos de D. João VI até os tempos atuais, pelos nossos políticos, embalados pelo clamor de uma boa parte da população, principalmente, pelos que utilizam o porto como meio de sobrevivência, vivência, deslocamento, contemplação, reflexão espiritual, fonte de prazer e lazer.

A solução para este histórico problema, quase todos nós, hoje já temos a plena consciência, que é uma solução paliativa (momentânea, incompleta) que não mais move a fé popular em ter um porto recuperado, que ofereça condições mínimas de segurança para o trânsito, uso público e particular em seu espaço mais afetado pela erosão no seu lado norte.

Sabemos que a erosão é um fenômeno natural, irreversível (não tem cura, por tempo indeterminado existirá no decorrer do tempo geológico e será apenas amenizada, a muito longo prazo, com o assoreamento (secagem, acúmulo de areia, arvores...) do Rio Tocantins, que por sua vez, proporcionará o surgimento de mais praias e ilhas, menor velocidade nas correntezas do rio. Este fenômeno já está acontecendo e já traz resultados certamente mais danosos e devastadores para o povo que vive do rio e no rio, pois, o assoreamento também traz seus problemas para a navegação no rio e causa sérias dificuldades de procriação e sobrevivência das espécies fluviais, tais como, peixes, camarões e muitos outros seres aquáticos.

O outro problema do nosso porto é o seu acelerado processo de fechamento causado principalmente pela perda do lado norte do porto pela erosão. Com isso, aumenta a guerra por cada palmo de espaço portuário entre os comerciantes, ribeirinhos, feirantes, taxistas, motociclistas, ciclistas, pedestres e toda espécie de seres humanos cametaenses e não cametaenses que precisam se relacionar com o porto.

Chegamos ao índice absurdo e indignante de termos apenas 8% de espaço aberto no porto para o livre uso da população. Este é um dos maiores dos problemas sociais do porto, que vem atentando contra a segurança das pessoas, segregando as embarcações como um todo no pequeno espaço que resta para o escoramento (encosto, amarração), dos veículos náuticos agravando principalmente a atracação e agasalho dos pequenos barcos, canoas e rabetas.

O último dos problemas que tratamos aqui, é a crescente privatização do espaço portuário de Cametá. Nossos governantes, não tiveram a sensibilidade e o senso de responsabilidade para se preocupar em deixar maiores “janelas e portas” para o Rio Tocantins, no espaço não erodido. A cidade de Cametá, de seu lado norte, se esconde com medo por traz dos espaços erodidos e que continuam erodindo e, por outro lado, está acuada pelos aglomerados comerciais que necessitam e lutam por este espaço.

O povo tem muito pouco espaço seguro e confortável para contemplar o rio, trabalhar, conviver, fantasiar e sonhar com as belezas, cantos e encantos ainda presentes em nosso belíssimo Rio Tocantins.

Precisamos desenvolver políticas públicas para melhor gerenciar os espaços públicos que nos resta, ou quem sabe, comprar e resgatar maiores e melhores espaços no porto para não só devolver a sua beleza, mas aumentar a sua utilização segura e confortável como bem de todos os cametaenses e daqueles que nos visitam.
Flodoaldo Santos
Geógrafo e Escritor